segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um conto de Natal!

"Faltam pouco para amanhecer,
Depois de um dia como o que passou,
Após uma bela taça de vinho...
... pronto para dormir!"

Eram umas nove horas da manhã, talvez dez ou onze, nem importava, era sábado natalino e isso implicava em dormir até mais tarde. A noite passada tinha sido extremamente deliciosa, tanto quanto fatigante. As pernas exigiam descanso e o corpo clamava repouso.
Aquela voz martelava em minha cabeça, talvez o cansaço da noite que passou-se estava surtindo efeito, um sonho seria outra resposta cabível em meio a vozinha pertubadora: - Não vai se acordar agora é irmão? Cê precisa me dar meu presente má!
Esta era a fala que A VOZINHA tanto insistia em repetir. Instante em instante, ela vinha e no mesmo compasso repetia a interrogação vinda de exclamação. Minutos depois descobria que era a voz embargada de meu irmão que surgia pela janela de meu quarto. Tal comportamento seria o sentimento de ansiedade que toda, mais toda criança adquire ao chegar, em especial, nesta época do ano.
Aborrecido e ainda com o cansaço do corpo clamando repouso levantei-me logo e fui tentar me recompor. O sol ainda escadalva na cabeça e quando olhei para o ponteiro do relogio marcavam meio-dia. Peguei o embrulho retangular que escondia há tempos na porta de trás do meu quarto e chameio. O brilho nos olhinhos dele tirava qualquer que fosse o sentimento ou sensação desagradavel que eu sentia naquele momento.
Proporcionar aquele momento de alegria à uma criança tão legal quanto aquela pra mim era algo fantástico. Esticou-lhe os bracinhos e cerrou os olhos. Sentiu o embrulho pesar nos braços e quando abriu os olhos, as faiscas ofuscaram os olhos das outras pessoas na sala. Correu para a area e deliciou-se com mais um brinquedo, vontade e sonho de qualquer criança.
O dia por si correu tranquilamente agradavel: os familiares chegavam pouco a pouco para um almoço em família e para comentar-mos da festa passada. Muita comida, muitos presentes, bebidas, alegria, risos. Todo tipo de sentimento BOM habitou na casa naquele momento, naquele dia. Todos se reuniram em volta da mesa e brincavam de 31, um jogo de baralho que é excelente quando se sabe jogar. Riamos sem motivos e a tarde passou-se com o sol, e logo em seguida o brilho manso das estrelas anunciava que mais um dia estava por se findar.
Um dos tios teve a ideia de sairmos todos juntos para algum lugar e juntos brindar o fim do dia com chave de ouro. Sugeri um local e todos aceitaram ir. Um dia especial, momentos especiais, um lugar especial. Quando chegamos tudo, tudo era agradavel e perfeito para a ocasião, em especial para a criançada, que se deliciou-se com os brinquedos do Playground. Os rostinhos chega corava de tanto que corriam para lá e para cá em busca de repetir a dose em cada brinquedo.
O banquete chegou, o brinde foi proposto, os talheres começaram a se mexer, os copos se enchiam e se esvaziavam, as bocas sessaram foneticamente mais mexiam freneticamente. Suspiros, copos vazios, talheres deitados, pratos esvaziados. Estavamos prontos para regressar. Excelente. Todos satisfeitos e contentes com o ambiente proposto.
Na volta, passamos na casa de cada parente, despedindo e agradecendo pelo dia proposto por cada um deles, sempre tendo respostas de retorno semelhante. Estavamos à um quarteirão de casa quando vimos uma pessoa tão especial em nossas vidas quanto às que despedimos há instantes atrás passaram e nós buzinamos para elas. Chegamos em casa, acionei o portão da garagem, quando meu pai teve a idéia de irmos visitar nossa amiga KIKA, madrinha da Vozinha da manhã. Fechei o portão e fomos a pé à casa dela. Decidi passar na casa de outro amigo e a Vozinha, meu irmão, decidiu ir atrás de mim enquanto nossos pais iam pelo outro lado da rua.
Chamei duas vezes e nada de ninguém responder. Ouvi apenas um barulho e choros. Ele tinha caído, meu pequenino e doce irmão tinha caído. Corri e levantei-o bem rápido. Minha mãe veio em nossa direção e viu que escorria um liquido da testa dele, mas como a iluminação era pouco não soube distinguir o que seria. Voltamos para casa às pressas e abri o portão. O liquido vermelho e espesso manchava toda a camiseta dele, enquanto se misturava com as lágrimas que saim dos olhinhos assustados. A mãe limpou o sangue que saía e tentou estancar o corte na testa: - Cessou! Vamos na KIKA
Mas nós já iamos lá não era mesmo? KIKA é enfermeira e uma Senhora enfermeira. Fomos novamente, pelo mesmo caminho, só que sem visitar outros amigos. Seguimos direto para a casa desta amiga, que por sinal quase não conseguiu abrir o portão. Viu o corte, lavou com soro e disse que era preciso ir ao médico pontear: - Poxa, tão bom que foi o dia, agora temos que enfrentar isso?
Leveio-os para o hospital de emergência da cidade, onde ele foi atendido -não por conta do SUS, mas pelos contato da KIKA - em instante e logo estava com um tampão no meio da testa. O susto deixou-nos todos estressados e por incrivel que pareça, fez-nos esquecer por um momento o dia maravilhoso que tivemos.
O celular começou a tocar freneticamente: - Estamos bem, não foi nada grave, só pegou três pontos e não treze, não foi traumatismo, muito menos houve coma.
Acho que entre família as noticias "ruins" correm rápido e totalmente distorcidas da verdadeira. O telefone toca mais uma vez, era o pai preocupado: - Não há o que se preocupar pai, estamos há dois quarteirões de casa. E desliguei.
Buzinei duas vezes no portão da KIKA e os dois homens que tinham ficado ao aguardo saíram. O com a cara mais preocupada perguntou como tinha sido e foi logo abraçando a pessoa menor entre as que estava no carro. Estava tudo bem agora, foi apenas um susto.
Eles ficaram lá por um momento conversando e comentando sobre o incidente ocorrido. Eu cheguei em casa, coloquei o carro pra dentro, subi as escadas, despi-me, tormei um banho de lavar a alma, aprotei-me, abri uma bela garrafa de vinho e enchi uma taça para mim.
Sentei na poltrona, fechei os olhos, imaginei toda a história de um Natal Fantástico, tomei a taça até o fim e sonhei. A noite me chamava, os sonhos me conteplavam, o corpo agradecia pelo momento e o que havia passado ficaria pra sempre na memória.



Ultimamente (três meses pra cá), venho dizendo pra mim mesmo que perdi o dom da escrita. Mas é só quando vejo as pessoas especiais que passam por aqui e sentem mesmo a falta de minhas palavras, minhas abobrinha e que digo à mim mesmo que não posso perder este dom. Porque cada dom é dado à uma pessoa com um proposito, e sei que não acabei com o proposito de escrever. Por isso, mesmo com muito esforço, venho por aqui e preencho um vazio que há tempos venho deixando no Palavras do Sol. Gradualmente, eu preencherei, com muita simplicidade e humildade cada lacuna que deixei em aberto por aqui. E agradeço à todos que ainda acreditam que o Eu-lirico deste Blog ainda exista. Amo todos vocês meus Amigos Imaginários.



Tenham uma excelente virada de Ano. Que seja um ano promissor para todos nós.
Cheiro grande no coração e até mais!
R.M.



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

- MicroConto #



Ela bateu na porta mesmo sabendo que ele não viria.
Ah! Ela insistiu e bateu na porta,
Freneticamente, sem cessar ela batia.
Ela não desistia porque sabia que precisava daquilo.
Mas assim é a vida:
Levou-a uma tombada,
E a porta que fechada estava
Mais uma vez lhe deu uma portada na cara.


Até maiis!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um amor!



Quero um amor assim, que seja manso e calmo;
Quero um amor assim, que escute a voz do meu coração
Que ora e de joelhos intercede por mim,
Quero um amor assim, tão humano quanto a propria humanidade.
Um amor sincero e puro.

Quero um amor assim, honesto consigo mesmo na frente do espelho;
Um amor assim, que me ame do começo ao fim.
Que me pergunte o que tem de perguntar e me responda quando eu questionar.
Quero um amor assim, que mostre e dê sentido na minha vida.

Quero um amor assim, que seja o meu diário secreto e ambulante.
Que guarde noites de festas e de relampagos,
Um amor que me respeite na minha enxaqueca.
Que me abasteça de nobreza.

Quero um amor assim, tão vívido e cálido de amor,
Que me afogue em seu embaraçoso odor.
Que me faça perder o sentido
E que me torne um ser com mais vida

Quero um amor assim, surreal demais
Abstrato demais, sem precedentes.
Quero um amor assim, igual não há, só um eu senti...
Quero um amor assim, que se doe numa tarde inteiramente à mim!

à ti mesmo, que sabes que foi a inspiração!
(Saudades desta minha Toca Empoeirada)
Até mais.

domingo, 19 de setembro de 2010

Meu jeito de dizer que te amo!

"As palavras não faladas; As melodias não cantadas; As poesias nunca recitadas; Serão, mesmo que erroneamente e atrasadas, Aqui, neste tão lúgubre lugar, choradas!"

Todos já estavam de partida. Os sapatos bem engraxados iam em direção ao grande portão comido por ferrugem. Uns iam de braços dados, outros com o pescoço sobre o ombro do que estava ao lado, outros de mãos dadas e até outros com as mãos nos bolsos. Todos, sem exceção de um, com uma veste tão caóticamente padronizada que anunciava o motivo de suas presenças.
Menos uma pessoa permaneceu imóvel no mesmo lugar onde ocupara há duas horas antes. Verticalmente ileso por qualquer sentimento que fosse, o homem de tamanho punho elagante olhava fixamente, porém distante, para o grande mármore a sua frente. A grande caixa de mármore estendida que antes tivera sido algo tão valioso para sua vida.
Ele não tinha lágrimas nos olhos. Ele ainda não precisou - ou não conseguira - usá-las até o momento. Movimentou-se e com um tremendo esforço sentou-se ao lado do tumulo recém plantando.
"Aqui jaz àquela que tanto soube amar e a compreender o amor.
Dedicada mãe e esposa que deixou imensas saudades"
Eram estas as palavras que haviam no tumulo daquela mulher que um dia fora sua esposa. Uma vida toda de expectativas resumida à uma oração de tão poucos verbos - versos. E agora? Como preencher aquele vazio tão imenso que se fixava em seu peito? Como apagar a dor que teimava em pousar em seu duro coração?
"- Eu sei que não fui o melhor dos maridos, e talvez nunca tenha sido bom. Talvez tenha sido bom só no começo do casamente, ou talvez até termos nosso primeiro filho. Talvez eu tenha perdido um pouco da sensibilidade contigo quando a nossa menina também veio, ou tenha perdido a paciencia pela falta de atenção.
Sei que não fui um bom amigo, e sei também que nunca sentei ao pé da cama contigo para rezar. Sei que me aturava, mesmo eu roncando, mesmo eu te empurrando. Isso são coisas de quem ama. Sei que você não gostava da maioria das coisas que eu gostava, mas suportava para me fazer feliz. Agora, eu sei que a maioria das coisas que você gostava eu fazia de tudo para me safar e não participar contigo.
Sei que a maioria das vezes - ou até mesmo todas as vezes - o meu egocentrismo agiu mais em mim do que minha propria vontade de viver em comunhão. Sei que poderiamos ter conversado mais vezes, e ter gritado muito, muito menos vezes. Ah! E sei também que poderia ter te dado mais conforto e carinho. Carinho que uma mulher incrivel como você merecia.
Me perdoe por todos as vezes eu machuquei você com minhas palavras mal elaboradas, pelas noites que cheguei em casa estressado e descarregava em você. Por gritar com você, por trair você até. Me perdoe por ser assim - tão estúpido e desleal. Eu fugi da minha propria lealdade.
Sei que custei muito para falar tudo isso - na verdade - eu aprendi todas essas coisas a partir do momento que soube que não te teria mais. As vezes somos tão estupidos com as coisas que amamos, que só valorizamos quando já não a temos mais em nosso dominio. É, esta é a sina de quem não fala, sofrer com o silêncio terrivelmente barulhento.
Meu grande amor, sei que custei pra falar-te tudo isso. Sei que é tarde demais, ou não - prefiro acreditar que nunca é tarde para se entender o que entendi. Apenas se tornou tarde!"
E então, após aquele triste, amargurado e soluçante monologo, ele enxugou de sua face enrrugada tantas lágrimas que deveriam ter caído na caminhada, mas que se desaguaram no mar do perdão eterno. Suspirou por fim, pegou a linda rosa amarela em sua mão esquerda, deitou sobre o túmulo e levantou-se. Comtemplou novamente a figura embaçante e surreal daquilo que antes teria sido uma incrivel pessoa e mais uma vez fez um gesto de fala:
- Eu te amo! É, isso mesmo meu amor. Era isso que você tanto ouvir de mim né? E eu nunca falei pra ti. Ou se falei, há tanto tempo, já havia esquecido. Te amo com todas as minhas forças. Envergonhadamente eu te amo. Mesmo assim, erroniamente e tardio, este é o meu jeito de dizer que te amo.
E deu de costas em passos lentos e firmes ao solo gramado. Na certeza de ter se lavado em palavras e na esperança de ter sido perdoado. Porque amado, isso ele tinha certeza, era demasiado.





Abraço à todos.
Robério Marques

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Desafio do Gosto!


"Nenhum cheiro ou gosto
é repulsivo de nascença; e
aquilo que foi aprendido
pode ser esquecido."

Acostumamo-nos a escolher (denominar) e muitas vezes erroniamente, o que é o bom e o que é ruim em nossas vidas. Nossa forma autoprotetora de escolher o melhor para nós. O que seria o o bom? O que predomina no ruim?
Antes de tudo, eu tenho que lhes dizer para não confundir a mente: Mesmo abragendo um vasto conteúdo, estou falando de sabores. Exatamente, sabores!
Na aula de História da Gastronomia o professor nos instigou a várias questões sobre os alimentos e bebidas que de certa forma evitamos em nossas vidas (pelo gosto, pelo cheiro, pela a má lembrança que já trouxe a nós) e o interessante é que eu
de início peguei-me a indagar qual seria o alimento que eu não comia e não comeria de jeito nenhum e por qual razão não o comia. Será que existe algo que eu simplesmente não coma? E incrivelmente, ao tempo que passei refletindo as indagações, me veio diversos alimentos que não eu comeria naquele exato instante. Entre eles cito três frutas bastante dessemelhante: O sapoti, com sua cor totalmente desagradável, o açaí com sua textura escura e sumo extremamente bagaçento e – não tão mais importante das demais – a fruta de cor amarelada, cujo odor faz-me arrepiar e com um gosto terrivelmente forte – o Murici. Sim, seria o Murici, fruta que nunca - absolutamente nunca - apeteceu meu paladar a eleita para a minha vivência de sabores.
Vivência de sabores? Sim! Lançou então , o professor, um
desafio muito interessante: Fazer uma vivência de sabor com um alimento que em hipotese alguma você chegaria a provar. Um tanto quanto cruel. Mais o interessante é que você vai descobrindo os limites que você encontra com você mesmo. A vivência seria de seis dias, onde você iria, primeiramente, escolher o alimento (a parte mais dificil), e em seguida iria preparar diversas formas de desgustar o mesmo. Tente fazer e logo após faça um relatório de como foi o seu progresso ou regresso. Colocarei em breve o meu por aqui!
Vamos juntos fazer o desafio?
UMA REVOLUÇÃO DO PALADAR...


(As vezes, o que os olhos vêem, a boca não prova... rsrs)

Abraços à todos e saudades!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Moleque e a Lagarta - Reeditado

"A mudança de fase de um ser humano é algo esplêndido. Nos baseamos em modelos e padrões banais. Bitolados à doutrinas e ordens alienais e no final nos descentralizamos. Perdemos o foco do que é uma verdadeira trasnformação em nossas vidas. O Carater! Esta é (não uma mudança) uma elevação de seus pensamentos. Igualitariamente intríseco, obtuso em relação à outros, belo quando bem aprimorado e bem exergado, porém, quando mal interpretado - Caótico. Sejamos nós, então, não o resultado final. Não a caracteristica marcante exteriormente. Mostremo-nos quem verdadeiramente somos desde o começo. E na elevação predomine o carater que lhe faça flutuar - não como uma pedra lançada aos céus - , mas uma pluma, tocada pela brisa do vento."




Todos os dias ele passava pelo bosque. Ora ele ia, ora ele vinha. Sempre no mesmo compasso, sempre no mesmo ritmo, sempre no mesmo controle, sempre no mesmo estado: alheio, observador, extasiado, apaixonado. Tempos mais tarde ele iria torna-se um senhor biólogo. Adorava a natureza, sentia-a e queria ser parte dela, ou era, dependia apenas do ponto de cada um.
Todos comentavam com a família sobre o fascínio do
pequeno moleque e perguntavam se havia algum parente que gostava dos mesmos gostos, alguma causa para tais gostos. Era certo que meninos daquela idade gostavam de pegar em cururus ou de matar rolinhas a voar. Mas era tão desconcertante ver aquele único moleque, acocorado, medindo entre três folhas qual a maior, qual a fragrância de cada uma e a qual árvore tais pertenciam. Ele sabia de cor e salteado quais tipos de arvores, quais frutos davam, quando era o tempo de colheita, se seria frutífera novamente. Era dom, alguns simplesmente deduziam. E assim era: um DOM. Ele era estranho, não andava com os outros garotos, era distante, sempre era o mais avançado nas salas de aulas, todos os outros estavam atrás dele. Mas ele era apenas um moleque. Mas sabia ele que era mesmo diferente dos demais. Mas isso não o fazia melhor que os demais. Isso, ele mesmo era capaz de saber.

O bosque pelo qual ele ia e vinha todos os santos dias de sua vida na cidade era marcado, sempre, por alguma coisa inusitada: as formigas levando os pedaços de pipoca deixados caídas pelo os outros moleques; as amareladas abelhas colhendo o pólen das amareladas rosas; os passarinhos cantarolando... Mas nada, nem ninguém, o tirava mais a concentração do que aquela tão desconcertante lagarta azulada. Sua cor era tão acetinada que chegava a brilhar ao contato com a luz solar. Mas ela tinha uma lerdeza imensamente incômoda. Deixava-o entediado, louco para tirar o olhar da figura. Mas não conseguia. Fixava-se cada vez mais, pensando até onde ela conseguiria ir com aquele corpo mole e desengoçado. Será que lagartas desse jeito tinham patas? Ou as pequeninas patinhas eram esmagadas por seu peso excessivo?. Ele não sabia, mas se caia a imaginar como seria a “perninhas” daquela lagarta. E às vezes, de tão supetão que era, a azulada parava como se sentisse a presença do moleque. Como se ela quisesse que ele fosse embora, como se ela pudesse ler todos os pensamentos dele. E ele ia embora, sempre entediado com a coitada. E sempre ao voltar no dia seguinte, encontrava-a novamente.

Ele nem sabia se era a mesma. Não! Ele sabia, tinha plena certeza. Não há outra lagarta no bosque tão gorda e vagarosa quanto esta. A única coisa que nela se aproveita é a cor. Era a única coisa. Do resto, tudo era descartado. O pensamento dele ia parar sempre naquela lagarta gorda e lenta. Mesmo vendo as abelhas colherem o pólen, mesmo vendo o passarinho cantando e as formigas em seu ritual de abastecimento; ele se perdia ao ver a pobre lagarta. Sem um bando, sem família. Ele às vezes sentia compaixão dela, mas não sabia o que era de fato, apenas sabia que existia um sentimento por ela.

O tempo foi-se a esguia, e lá estava ele. Só que agora não estava mais a observar e sim a procurar. Há tempos não via a lagarta. Onde ela teria ido? Será que tivera ela virado comida para os predadores? Ele ficou espantado com a hipótese. A cor dela era tão linda. Azulado como o céu, brilhante como o sol, e ela era calma como a lua. Apesar de todos os pensamentos ruins sobre a coitada, no fundo, ele sabia qual o sentimento que ele sentia por ela. O mesmo sentimento que os outros sentiam deles. Sentia-se mal por olhar para a pobre lagarta da mesma forma como os outros olhavam para ele. Mesmo vendo que ela tinha uma cor bonita, ele a julgava pelo o que ela parecia ser, e não pelo o que ela era. Sentia-se iníquo, porque refletindo no pequeno rio, viu em si a imagem daqueles que tanto lhe criticam, que tanto se questionam ao seu respeito. Ele era a lagarta, e só após a mesma sumir, é que soube entender os sentimentos que tinha por ela. Não era compaixão, era algo mais para empatia. Só que eram seus problemas, e não dela.

Mas num momento tão inesperado, em que as nuvens lhe tocam os pés, ele viu aquela pluma azulada a cambalear sobre o céu. Dançava como uma bailarina em tons azulados; flutuava e voava ao favor do vento, nunca querendo cansar a sua estimada beleza. Ela vinha descendo, esplêndida, invicta. Ao contato com o sol, seu corpo levíssimo apresentou diversos tons azulados mesclados com tons escuros, e aquela imagem o fez lembrar algo, alguém.
Ela, inacreditavelmente pousou em seu ombro, e ele em elevação, fixou-se o olhar nela. Tal qual ele sentia o olha
r dela no dele. E ele não sabia o que pensar, ele não sabia o que fazer, não sabia o que falar. Ele simplesmente sabia quem era, mas não decidiu mais julgar. Desta vez, ele sentou-se, observando-a, como de costume, mas agora sem pensar, apenas a admirar.


Abraços à todos! ;D

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O espelho!

"Acordei atordoado... Quantos sonhos eu havia sonhado? O dia anunciava o fim da claridão.. o ponteiro já estava mostrando a escuridão!"


Eu sempre passava, naquele mesmo horário, naquele mesmo local e sempre aquele mesmo velho estava sentado no mesmo banco lendo o seu tão "mesmo" livro (que por final nunca se findava). Curioso como sou e tão dependente de minhas proprias indagações pus-me a perguntar - ou até melhor- imaginar o que aquele Senhor fazia de fato da vida.
Os tantos será's de nossa vida apareciam assim - como clarões - em minha mente. Me perguntava tanto sobre ele: se ele trabalhava ainda; se ele morava proximo daqui; se ele era aposentado; se ele tinha família; se ele sabia realmente ler (porque nunca terminava o livro da
capa preta).
E sempre, na contemplação do velho Senhor, meu ônibus vinha e na curva da esquina eu o perdia de vista. Então abria algum livro que eu houvera iniciado - sou muito rápido na hora de ler - e comecei a degustar dos olhos sedentários daquela Capitu voraz.

Mas aí houve este dia que eu entediado de ver aquela figura repetida no meu album de figurinhas me dirigi até o banco e por lá sentei. Fingi não notá-lo, mas mesmo assim ele me olhou e com um belo sorriso me deu: Boa noite meu jovem!
Bom! Ele falava! Era meio fantasioso pra mim. De certa forma, havia algo naquele velho que
me ligava fortemente a ele. AH! Não contive-me e indaguei tão sem escrupulos as minhas diversas asneirices.
Ele arregalou o olhar e com certeza deve ter me imaginado uma pessoa perturbada do juizo: - O que há de errado em sentar-se num banco da praça e nele contemplar o entardecer? Bem, não há erro nenhum (imaginei eu). Aqui onde vivo não tem pessoas que contemplam o entardecer numa tarde tão ensolada. Não! Definitivamente não.
Monologuei (tipico de mim) e ele notando que eu estava conversando intrisecamente voltou-se ao seu livro (velhissimo por sinal): - O Senhor não acaba nunca de ler este livro? Sempre o vejo com este mesmo, sempre o da capa preta e sem titulo.

- Meu jovem, que mal há ler um livro e contemplar as palavras que o autor nos incumbiu a interpretar? Há mal em tentar perceber a mensagem principal do livro? Em devorá-lo, não substancialmente mas sim moralmente? Em filosofar a ideia e o fascinio do autor e descobrir qual a sua opinião da obra? Em se imaginar na história? Em viver a história? Meu jovem, você por mais que leia mil livros por ano, ainda não descobriu a essencia de uma boa leitura.
Aquela palavras me partiram ao meio. Que desaforado! Não, não eu! O velho! Ele não precisava se utilizar daquelas palavras, por mais que eu tenha provocado à ele usá-las. Contudo, não havia lhe dado ouvidos. Meu ônibus veio e mais uma vez o perdi na curva da proxima parada. Só que as indagações já haviam se passado e nem pensava mais na doce imagem do velho sentado no banco. Estava cheio daquela mesma figurinha e findei-me por jogá-la fora.
Noutro dia, cheguei na parada um pouco mais cedo. O sol ainda se escaldava em cima de minha cabeça e olhar para o banco (despercebido pela força do hábito) pude enfim, não ver
mais aquela imagem. É! Eu acho que ela não irá mais ser repetida: O velho não estava no banco lendo o seu livro velho. Talvez fosse cedo ainda para sentar-se e "contemplar o entardecer".
O ônibus veio. Subi; paguei a passagem e sentei no lado da janela. O sol irritantemente me tocava os olhos e me confundia bastante a visão. Permaneci um pouco com os olhos fechados,
esperando a curva da proxima parada para os edificios taparem a grande bola que ofuscava meus olhos. Senti que o calor nas minhas buchechas havia cessado e que a sensibilidade nos olhos já estava indo embora. Fui abrindo os olhos bem devagar e quando pude enfim abrí-los por completo dei-me um grito de supetão ocasionado por um susto (ou surto?). Estava lá! Na janela, refletindo por cima de minha imagem a imagem do velho da praça. Eu estava me vendo nele. Como que é isso? Apavorante.
Tudo ficou nublado. Via na minha frente agora apenas uma grande poça d'água. Como se pequenas gotas de chuva tocassem a superficie e com efeito fisessem aqueles pequenos redemoinhos. Minha cabeça girou um pouco. Sensação mais esquisita esta. O que está
havendo.
Então me vi em pé diante aquele espelho. Conhecia o lugar na palma da mão. Meu recinto, meu abrigo, meu quarto. Como uma pessoa sonha de olhos abertos? Desta vez eu não sonhei com os olhos da mente. Desta vez eu sonhei com os olhos da imaginação. Dois caminhos que
andam lado a lado, mas que são distintos entre si.
Via à mim mesmo refletido na imagem de um homem sábio, sempre com O livro na mão, sentado para contemplar um momento em minha vida. E
agora tudo fazia sentido, apesar de saber que tivera saido uma ilusão. Não foi!
Era eu naquele banco, era meu aquele livro, contemplando o morrer do sol. Não um velho e sim um homem que carregava em suas mãos a experiência de quem havia vivido. O livro da sabedoria. Era a vida que me corriam por entre os olhos. Por isso não largava mais. Porque a cada dia eu degustava um pouco mais dela. A cada dia, era um por-do-sol diferente.
Então as lágrimas caíram de meus olhos. Feliz, triste e amável. Limpo, puro, confortável. O tempo não muda. Ele é constamente certinho pra falar a verdade. O que muda é o modo como nós o carregamos em nossas vidas. Em nossos livros. E ao olhar o futuro o problema é que todas as vezes que olhamos para ele é vê-lo mudar. Porque nós olhamos para ele, mudando
todo o resto.

"De fato não havia dormido...
Nem sequer sonhei.
Adormeci e em frente ao meu próprio espelho
fiz o favor de (não me perder) me achar um 'pouquin'. "


(Olhe-se no espelho. Veja-o e descubra quem mora dentro de você. Aprenda com você e viva com você. Evolua e voe o mais alto que você puder e carregue a você mesmo em suas costas. Porque você é de você mesmo)

Não voltei por não havia ido embora. Não declaro meu retorno porque o tempo
está mudado. Eu fiz questão de mudá-lo e agradeço pelos tantos amigos que puxaram minha orelha para eu alimentar o Palavras do Sol. A minha constante mudança. Não prometo por mim, mas por vocês voltar aqui mais vezes. Infelizmente não como antes, mas... não os deixarei.

Grande abraço.



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Voltando, sentei-me e pus-me a escrever!

"Antes de começar eu pensava no fim;
Antes do barulho iniciar eu pensava em como cessá-lo;
Antes mesmo de me expressar eu pensava e ali ficava... [...]

No barulho do meu próprio silêncio fiz questão de me perder. E perdido, conheci lugares inabitados. Em cada lugar que passei assemelhei-me a algo ou a alguém e com cada alguém que sentei e conversei pude sentir sentimentos belos e puros e ao senti-los em mim mesmo pude, enfim, montar - mesmo que aos poucos - o meu Auto quebra#cabeças. E ao iniciá-lo, vendo o quão árduo seria o trabalho eu já pensei em quando findaria-o. E no pensamento de cessar logo com essa grande ironia que é se auto conhecer eu tive que andar umas outras tantas léguas e na longa estrada que submeti-me topei em grandes muralhas, com seus templos magníficos e e suas torres esplêndidas, que por maldade ou por ser seu dilema na terra tentavam me atrapalhar em meus meus planos. E apesar de muitas vezes conseguir com êxito a tarefa, eu não cansava e mesmo machucado eu as enfrentava de peito escangalhado.
Então criei, recriei e na diversão de meu tenro problema evolui-me e assim pude acompanhar a evolução. No entanto ela começou a correr em disparada e na 'vertical'. Segui-a e na curva da outra esquina já havia perdido de vista. Perder-me? Inevitável. Achar-me novamente? Incansável. Outros tantos lugares conheci; outros tantos sentimentos ao qual me apaixonei encontrei, outras tantas pessoas - peças importantíssima do meu joguinho de montar - consegui traze-las pra mim e grandes muralhas consegui sabotá-las, pulando-as e despistando-as passei sei que nem notassem minha presença. Mas eu estava lá, sorrindo, dando o melhor de mim. Enfim, ao silêncio, inotável, imperceptível, cauteloso, manso. Porém o play parou e indicou que seria necessário uma nova energia. Parei, tirei o estéreo do ouvido e com o indicador no zero, dispus-me a colocar minha própria alma à se recarregar...

"Joguei as malas no chão,
Cansado da viagem tirei a roupa e joguei-me na água fria,
Recuperado, lavado, trucido,
Reapareci, de mansinho, pronto para criar novos caminhos.!"




(Ao abri-la, ao desempacotá-la, ao esvaziá-la, trouxe comigo, lembra daqueles tantos sentimentos que encontrei ao longo do caminho? Passarinhos, que voam, apenas voam, mesmo sabendo que eles tem um determinado destino. Guardei-os no meu coração e aos poucos vou repartindo contigo tudo o que, em meu recesso, aprendi de mim mesmo!.)


Estava com muitas saudades daqui, de todos os meus amigos imaginários.
'Acho' que retornei. rsrs. Já tenho texto novo, uma reedição. Posto brevemente.
Forte abraço pra Déia, que mesmo sem saber, foi quem me deu um passaporte para a minha longa viagem...

inté mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carinho, amizade, reconhecimento.

"...em meio a tantas revira-voltas em minha constante turbulenta e parada vida, eu sempre paro no lugar mais incrivel no mundo (para mim). Aqui!"

Há uns dias atrás fui contemplado pelo carissimo Gilmar com o "Prêmio Dardos" e por estar num momento muito agitado, com o trabalho,os estudos, metas pra se cumprirem, provas para se 'esturarem', daí não pude dar atenção ao carinho do mesmo. Dando ao legitimo agora os meus sinceros agradecimentos.
Quando se recebe um reconhecimento desta forma você se sente mais alegre por saber que um amigo seu reconhece um espaço entre tantos.Pensa-se: Ai meu Deus! À quem vou mandar tal carinho. Né?! Estou neste dilema agora, afinal de contas, a quem recebe fica a missão de repassá-lo adiante, como forma de haver uma confraternização na Blogosfera. BACANA, né não?!
Algumas regras foram prescritas por outrora, mas eu sempre ,ou abro mãos das regras ou tomo-as todas como exceções - afinal, já vivemos num mundo real tão cheio de valores a serem cumpridos.
Pra mim o reconhecimentos iria para todos os meus amigos imaginários que eu sigo, mas acabei por selecionar (para poupar tempo) alguns espaços que sempre visito e que realmente desperta interesse à mim. Então lá vai:


Instintos, Sensações e Sentimentos - este é o espaço da Cris.
Momentos - espaço da Liene
O equador das coisas - do Xavier
Cada manhã um novo começo - da queridissima Nay
O óbvio utopico - da Nath.
Relicário de um sonho - da menina Wanessa
Vista do Telhado - da Magá, portuguesa gente boa.

Universo Íntimo - o espaço da Ester
Construindo minha colcha de retalhos - blog super colorido da Silminha.


Bom, estes foram alguns dos muitos. Alguns não selecionei pois já possuiam o selinho, mas desde já, todos que por ventura possuem um blog estão de parabéns e sinta-se a vontade para pegar este prêmio.
Ah! Vale lembrar das regras:
- Exibir a imagem do Selo no Blog.
- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação.
- Escolher 10, 15 ou 30 blogs para dar a indicação, e avisá-los".


(este é o selinho - ele é todos "NOSSO")

Grande abraço à todos...
;D

terça-feira, 15 de junho de 2010

Verde-Amarelas

As bandeirinhas verde e amarelas cantavam, ao soar do vento, o hino. A molecada descalço no meio da rua denunciava que estava se aproximando. Os fogos estalavam nos ares a alegria do torcedor verde-amarelo. As donas-de-casa preparavam os quitutes para os maridões que aguardavam na sala anciosos. O grupo de amigos se reuniaram para juntos vibrar pela nação que estava estreando.
As pipocas estalavam nas panelas bem ariadas, as bandeirias flamejavam por entre uma casae outra. Os chefes e funcionários sentaram tudo numa sala só e juntos se reuniram por um motivo único. As meninas ligavam entre si para combinar os adereços das cabeças, enquanto os meninos perdiam o fôlego com a tal famosa "Vuvuzela".
As televisões todas numa única sintonia anunciavam de vez entre um tambor e outro que finalmente estava por vir a grande surpresa que tanto deixava-os apreensivos. Todos pararam e sentaram. O vento sessou, as donas-de-casa deixaram os quititues de lado, os celulares desligados, a molecada bem comportada, os jovens roendo as unhas, os maridões bem sentadões.
O hino entoava entre uma TV e outra. Toda uma nação parou. Todo um povo silenciou(ou não, alguns),todos com o mesmo sentimento de patriotismo. Todos com um aperto no coração.
Os quarenta e cinco minutos iniciais diziam à eles que não valeu a pena tanta espera. Que realmente seria verdade os boatos de que não iria dar muito certo. A desconfiança, o medo, a decepção começou a pairar sobre a nação que se apagava do mapa por um instante. Mas foi só iniciar novamente para sentir no lado esquerco do peito a marca do time do coração. Aos cinquenta e cinco minutos, ele, que pensou em cruzar, enfiou a Jabulani (gaiata)de bandeja na rede do Guk.
Hã? Foi gooooooooool. O País todo vibrou, cantou, dançou, chorou (não né?), comemorou. A molecada saiu de novo pelas ruas, as bandeirinhas se agitaram, os fogos queimavam no céu azulado, as meninas gritavam ao pé do celular, as mães faziam mais asas de galinhas para comemorar, o meninos se abraçavam e gritavam, os maridões com orgulho batiam sobre o simbolo do lado esquerdo do peito: - Este é o meu timão.
A danada da Jabulani continuou rolando, mas só um? É pouco demais. Para surpresao outro que aos setenta e dois minutos estava de saída, chegou, driblou e com um chutão ineditamente marcou. O grito desta vez foi de pura satisfação. Os fogos, com rouquidão, gritavam aos sete canto do mundo novamente: - Este é o time verde e amarelo que eu queria ver jogar.
Todos satisfeitos. Estamos com o jogo ganho. Estamos com o jogo na palma da mão. E estavam mesmo, apesar dos outros marcarem no finalzinho da cerimônia um golzinho para diminuir a vantagem. Hoje o vermelho não se destacou diante do amarelo ouro desta nação. Hoje a nação se realizou por ver a atuação do time. Mesmo todos sabendo que teve os que deixaram a desejar. Hoje foi um dia que todos pararam e em frente à televisão se bitolaram para assistir o nosso Brasil jogar.
O apito soou o fim da partida. No estagio a festa era imensa, na casa dos torcedores a comemoração era maior ainda. Mas é hora de voltar ao normal. Juntaram as cadeiras de plásticos, os celulares descarregaram, a molecada cansou de brincar e adormeceram, as donas-de-casa com uma pilha de louça imensa na pia se preparavam para aprontar à janta para os maridões, que por sinal, permaceram em frente à Tv comentando em quê o Brasil precisava melhorar.
Mas entre tudo e todos, uma coisa era certa não mudar: - O cantar das bandeirinhas que ficavam à enfeitar o lar de cada cidadão. A cor, o vigor, a raça e orgulho se mantiam nelas, em cada uma daquelas milhares de tiras que dançavam ao vento. Anunciando o proximo jogo a se atuar...





Aiai, hoje o dia foi uma loucura e eu estou realmente muito feliz por retornar. Abraços verde-amarelos à todos vocês.
inté mais

sábado, 12 de junho de 2010




"As mudanças? Nos dizem que estamos crescendo. Que estamos saindo de algo que eramos e entrando em algo novo, que nos complete. Se a mudança irá trazer beneficios ou não? Se a mudança irá agradar à todos? Se a mudança irá ser boa ou ruim? Bom, aí já são outras e longaz histórias."



Saudades disso aqui. Há um tempinho (uma semana) que não piso no PS. Ah! Eu volto. Voltei.
Agitadissimo e sem saudações finais...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pérolas? Não se encontra em qualquer esquina!



Bom, eu em minhas infinitas viagens pela Blogosfera parei no blog Mínimo Ajuste, que por acaso, passo horas lendo as dezenas de postagens que lá são publicadas e bem, esta, apesar de mostrar uma parte drastica do Brasil-Educação, se fez bem hilariante.
De ínicio vi como uma brincadeira, vendo os erros e as trocas de palavras, dando assim os duplos sentidos. Porém, após a leitura, refletindo, percebi que é algo que toca à nós. Porque mostra mesmo "A IMAGEM" da educação no Brasil. A desvastação que a mesma está tomando.

O tema da redação do Enem 2009 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades para nosso deleite. Segue uma listinha com algumas:
1) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta." (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)
2) "A amazônia é explorada de forma piedosa." (boa)
3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta." (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)
4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (e na velocidade 5!)
5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)
6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é a lei)
7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)
8) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (o verdadeiro milagre da vida)
9) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (também fiquei emocionado com essa)
10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)
11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)
12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna.." (amém)
13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)
14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)
15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)
16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)
17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (o quê?)
18) "Paremos e reflitemos." (beleza)
19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)
20) "Retirada claudestina de árvores." (caraulio)
21) "Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)
22) "A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)
23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor.." (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)
24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração." (para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)
25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "maior enchedor de lingüiça)
26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)
27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)
28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes” (red bull neles - dizem as árvores)
29) "O povo amazônico está sendo usado como bote xpiatório" (ótima)
30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (subindo!)
31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (deve ser a globalização)
32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (G zuis)
33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)
34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta Amazônia” (oh god)
35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)



...riram né? Eu também! (fatos)
Abraços e até a próxima.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Coisas de Amanda..

" Uma garota que poderia ser Sofia, Alice ou quem sabe até Laryssa.
Mas não, tornou-se Amanda."

"Em um lugar, quieto, agradavel
surreal e intrínseco. Ela se deleita, se deita e assim explora tudo o que há em seu interior."

- Devo ter nascido de um grande Big-Bang! Sabe como é? Um grande BADABADABÚÚÚÚ! Meu caminho se perde na curvinha da interrogação, na curva da calda do dragão do meu horóscopo chinês. Como posso me achar tanto no meu jeito confuso/perdido. " A Dúvida da certeza e a Certeza de duvidar" (citação mais cafona e antiquada). Não reclamo por ter tantas perguntas e não morro por não ter todas as respostas.
Este conflito que incide dentro de mim encaixa peças importantes do meu quebra-cabeças. Quebra-Cabeças? Ahãm. Sempre fui de brincar desses jogos 'bobinhos'. Mas meu quebra-cabeças mostra a figura de uma mulher guerreira. Com uma armadura. Não uma bolsinha de luxo. Bláa. Enquanto duvido da minha existência boa ou má aqui nesta terra de ninguém, sonho/idealizo se é possível ter vidas em outros planetas. Me fascino pela luz da lua em sua fartura.
Mais dificil de entender o que quero é entender como as pessoas se tornam detalhes do meu ódio e do meu amor. Quer dizer que não devemos ter medo dos confrontos? Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas. A história que ainda não vivi; o medo que ainda não sofri, o dia que vivo já esboçando os proximos. " Uma pergunta é sempre a melhor resposta!"
Entre o papoco e o rascunho do meu conflito ser, me sento aqui e aqui irei fazer: Explosões silenciosas. Ritmizar sem regras, solta, livre, pesada como tambores. Meu coração está como percussão: Bate a levada das minhas indecisões e me deixa feliz por entrar de vez na melodia.
Uma música? 'Deixa eu tocar a tua alma com a superficie da palma da minha mão...' Evaporo num cometa e um dia seguirei todas as estrelas. Por que nós somos nós!!! ... ou não, quem sabe!

No recomeço há um fim. Ponto final... antes de começar!
Amanda. -
"Fechou o pequeno espaço que tinha,
Sonolenta, cansada, indistinta.
Amanda era uma menina,
uma voadora, uma sonhada...
... Amanda era simples, sempre, simples!"



vai-se entender as palavras né? Até uma proxima vez.

domingo, 30 de maio de 2010

Fotografei e contei!



Esta é uma postagem coletiva do Blog Espaço Aberto, com a proposta de contar a história de uma fotografia. Não poderia perder a chance também né? Então, após diversas reflexões sobre qual foto escrever. Hoje, no final do domingo, veio-me a resposta.





Esta, entre tantas, mostra os grandes tesouros que encontrei ao longo dos meus 18 anos de existência. Se me perguntarem se meus amigos são apenas eles? Bom, teria que sorrir e contar a continhas sobre tantas amizades bacanas que encontrei.

Eu já falei tantas outras vezes no Palavras do Sol sobre amizade. E não me canso. Cada vez que venho aqui falar sobre amizade, é porque cresci com elas. Uns sentem-se com o pé atrás para dizer e sentir a amizade. Eu, por outro lado, sinto-me inteiramente aberto e livre para encontrar novos amigos. Já fui de ter colegas de escola, colegas de infâncias, colegas habituais. Mas nada é como uma verdadeira amizade né?

Dizem que amigos é a coisa mais rara que há de se encontrar no mundo. Eu penso que pra você encontrar um amigo, você tem que ser amigo também. E eu realmente já custei de perceber quem realmente eram meus amigos. As vezes os anos de conhecimentos e de vivência é que nos mostra a amizade entre ambos e as vezes, num passe de mágica, num impulso, encontramos um amigo de épocas. Já aconteceu isso comigo. Três vezes. Encontrei três amigos fascinantes é um único dia. Como disse há dois postes atrás: Amizade é magia. E eu adoro tê-la em mãos.

Então vem esse lance de cumplicidade, de lealdade, de sinceridade, blá blá blá. Sempre vemos o lado melhor da coisa. É como um casamento. Sempre pensamos na noite de nupcias (não que eu tenha pensando), e não no restante dos 70 anos que virão. Ter amigos também é uma faca de dois gumes. Ah! Se é. Tantas raivas, tantas decepções, tantas falhas, tantas discursões. As vezes por uma simples bobagens. Mas somos amantes enamorados. Quem tem amigos sabe o que falo (apesar de minhas palavras turvas).

E nesses momentos em que a amizade se sen te abalada, sentimos algo como hulmidade. somos tão bobos para discutir, como somos adultos para nos redimir. E é nesses momentos de remissão que a amizade se eleva e percebemos o quão maravilhoso é ter um amigo. Hoje, como em tantos outros dias, pude elevar-me. Brigamos. Talvez tivesse sido por bobagem. Quem sabe né? Mas a hulmidade vem, se pra mim, se pra eles, ela vem. E vem com o intuito de mostrar a importância daqueles seres pra você.

Eu sinto-me um sortudão pelos amigos que encontrei ao longo de minha caminhada. Cultivo-os como flores em meu jardim. E por mais que as vezes a amizade murche, que o outono venha, a primavera retornar. Amizade não é feita apenas de momentos plenos e festivos. São também feitas de momentos turbulentos, tempestuosos. Sei que muitos que me conhecem pessoalmente e sabem que estão incluídas na lista irão ler este post. E desde já saibam: Obrigado por aturarem o Robério Marques e suas maluquices. Como disse: Amizade é tolerância. Uma única alma habitando dois corpos (Aristóteles). E assim termino minhas palavras engasgadas. Morto de sono e com o coração novamente pleno e redimido.


à todos, que assim como, cultivam cada amizade em seus jardins...
abraços e tê mais.








sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ei de ir...

" Vou-me embora pra Pasárgada.
Disseram-me: Lá é um bom lugar.
Lá tu podes ser amigo do rei.
E automáticamente sentir o telefone tocar.
Lá tu podes viajar em duas rodas e no rio deitar, se assim desejar.
Lá teu processo de humanizar-se é seguro. É outro futuro.
Completo, sem distúrbios.
Vou-me à Pasárgada.
Não sei se vou morar. Mas passarei por lá.
Pois lá sei que posso, com quatro, cinco ou até seis, raparigas namorar."
(à Julçara Cavalcante, que mostrou-me o Universo literário que me completa hoje em dia. Professora, Mestra e Amiga)

Pequena Kompositer, inspirada na poesia original de Manuel Bandeira - Vou-me embora pra Pasárgada.
Num pequeno lugar, num minusculo espaço de tempo, as idéias me vêm, e eu louco com elas, grito entre uma linha e outra, as obras, que de outrora, grandes pessoas assim fizeram-na.

até outro surto.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amizade é assim...




" A amizade chegou para a solidão e disse:
- Vem, pega na minha mão. Eu serei tua amiga."

Amizade é o amparo nas horas de escuridão e o tambor na hora de alegria... Amizade é magia; amizade é energia.




tê...


terça-feira, 25 de maio de 2010

Eclipse


O dia hoje, amanheceu claro e bondoso comigo. Mas me veio de cara um eclipse e tapou o que de mais belo estimo: O meu sol.
O dia então ficou fadonho e extremamente cansativo. Escurecido e negligente...

"Hoje 'foi' um dia não. Hoje é um dia d, delete." (Margarida/Magá)

Bem que tinhas razão. Mas o dia 'não' passa. E volta, talvez. Fico por aqui. Com o meu sol voltando a iluminar-se. Todo eclipse vem, tapa a luz, mas vai-se. E passa anos, décadas, séculos para voltar...



inté mais..


domingo, 23 de maio de 2010

A corrida

O suor pingava por cima do nariz. Os poros artisticamente dilatados fazia-o transpirar como nunca tivera transpirar. Os pés dentro daquele tênis clamavam por socorro, pedindo para que acabasse logo. Todo o seu corpo clamava, mas só ele sabia que tinha que terminar o que havia começado.
"Estou quase lá, não vou desistir agora. Vamos lá!" - ele se auto-extimulava, para que seu corpo parasse com a flagelação emocional. Dobrou a esquina e viu entre tantas pessoas em pé, aplaudindo. Certamente estava perto, mais do que nunca. Estava a 15km/h, era o máximo que seu corpo aguentava. As pessoas pelas calçadas brandavam-lhe e aplaudia para ele, e tão consciente de si, fazia uma festa por dentro. Porque ele sabia que iria conseguir terminar.
Os pés já não ardiam, o corpo estava revigorado pela sensação do momento. Cruzou a linha de chegada. Mais aplausos. Ele parou, o corpo sofreu um impacto tão grande, como se fosse um elefante sentando em cima de si mesmo. Uma pressão passou por entre os vasos sanguineos e ele vacilou. Caiu e com o olhar turvo não conseguiu ver mais nada, além das bandeirinhas que voavam sobre sua cabeça molhada.
Alguns rostos familiares vieram ao seu auxilio e o ajudaram a recompor-se. Ele já tivera o conhecimento de que isso poderia acontecer, afinal de contas, seu corpo se esforçou tanto que quando teve uma quebra do esforço, ele não aguentou e caiu.
Olhou para o lado e para o outro. Em busca do letreiro que marcava os resultados até o momento e viu seu nome lá, estampado, grande, com aquela luz vermelha que refletia à luz do sol. Quarto lugar e uns minutos a mais que o terceiro lugar.
Caiu a ficha. Não estava nos três melhores. Tanto esforço, tanta dedicação, tanta dor. E o que tinha recebido era um quarto lugar. Ficou desconsolado. Pensativo. Jogou água sobre a sua cabeça para resfriar o que estava fervendo por dentro. Agora, ergueu a cabeça, olhou para os lados, identificou os outros três que conseguira fazer um melhor tempo que ele e falou com cada um. Parabenizando-os pelo feito, pela marca que fizeram e pela colocação que levaram. Mas ele falou com uma sinceridade tão forte que se emocinou ao abraçar o técnico que o ajudara nos treinos. Não conseguia conter o que saia de seus olhos, então o outro meio desconcertado, pegou-lhe pelos ombros e apenas com o olhar perguntou o que houve - apesar de saber a resposta.
- Sempre dei o melhor de mim, sempre me foquei na primeira colocação, sempre me coloquei no podio como o primeiro e nunca olhei para os degraus abaixo para perceber que mais pessoas tiveram a mesma perspicácia que eu tive. E agora eu estou no degrau de baixo, olhando lá para cima, olhando que os outros tiveram a mesma dedicação que eu tive, sentiram a mesma dor que eu senti, se esforçaram da mesma forma como eu me esforcei. Então eu percebi que não importa em qual local eu chegue, o importante mesmo é saber que eu consegui aquilo pelo qual tanto treinei, finalizar a maratona. As colocações? Os tempos? As dores? São apenas consequências do feito que fiz. É a concretização para o esforço ao qual passei e da dedicação que me submeti. Me decepcionei por um instante, mas neste momento sinto-me orgulhoso de mim, deles, e dos outros que virão a concluir a prova. Porque conseguimos chegar onde nós queriamos chegar. Isso, além de todo o resto, é o que basta no momento. Com o tempo, ai sim, poderei me adequar e chegar numa colocação melhor. Mas, novamente, será apenas uma consequência daquilo que tanto quero.
O tempo estava umido e abafado. Desagradabilissimo. Os pés, que entrava em atrito com a sola do tênis lhe mostrava que estava perto do fim. O cansaço, o suor morno, a roupa leve, porém, molhada de suor, mostrava que o caminho já estava se findando. Desta vez não havia tanta flagelação de si mesmo. Havia mais concentração. Mais amor e mais sabedoria. Desde a ultima vez, há um ano atrás, ele sabia que havia evoluido. E que desta vez, tivera feito diferente. Rasgou a linha de chegada. Não notara ninguém, nem o letreiro. Entrou em sintonia com o seu corpo. Não vacilou e agradeceu a si mesmo por conseguir se realizar mais uma vez.



(A estrada é longa, o percurso é cansativo, mas a chegada é gloriosa e honrosa. Saibamos nós buscar nossos objetivos, lutar por eles e se dedicar à eles. Que saibamos entrar na estrada e só parar no instante em que nos realizarmos. Pode dar uma pausa para descansar, afinal, ninguém é de ferro. O importante é chegar aonde se quer chegar.)

inté mais. :D

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mimo...

Bom, ontem eu tive uma surpresa quando abri o painel do meu blog. Havia um comentário da Sil, dizendo que a mesma havia me comteplado com um selo de admiração. Nunca havia ganho esse mimo. então de certa forma me emocionou muito. Fiquei feliz mesmo. Agradeci ela já no espaço dela que é super lindo, e agradeço neste post pelo carinho concedido.
No entando, ela me disse que eu poderia passar o selo para mais seis pessoas, de outros seis blogs. Mas meus queridos amigos imaginários, eu sou tão feliz com todos vocês, tão grato com a presença de vocês no Palavras do Sol e eu gosto tanto de visitar os blogs que sigo que decidi por si só, dedicar o selo à todos os blogueiros de plantão que por aqui passam. É uma honra para mim contemplá-los com tal merito...



"Fazemos da escrita uma arte. Nossa, muitas vezes, intríseca arte. E somos incubidos pela nossa vontade de criar mais arte a passar tudo para um outro semelhante. Somos leitores, somos atores, somos autores, somos o que fazemos de melhor - escritores." Parabéns à todos que não deixam a arte de escrever ao leu. Abraço forte.



até outras surpresas...


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Brincando de contar!



Noutro dia, uma amiga me convidou para uma brincadeira que de certa forma extigou-me um 'cadin' assim. Liene me convidou para participar de um MEME, contando seis coisas sobre mim, que muitos ou todos desconhecem.
Interessante né? Virou tipo uma corrente, ela já tivera recebido por outrora de uma outra pessoa que recebera de outra e por aí vai...
Então, dando continuidade à brincadeira, quais coisas devo contar para vocês?
PRIMEIRA: Sou apaixonado pelo sono. Gosto de dormir, apesar de não ter tempo. Tiro o domingo todo para ficar na cama (alguns entram em exceções quando saiu), mas de imediato sou um adepto ao verbo 'dormir'. Eis a coisa: Na minha cama, nada mais tem do que cinco travesseiros. A criatura não consegue dormir sem eles. Cada um vai para uma parte do corpo. Um para os braços, outro para as pernas, outro sob os pés, e dois sobre a cabeça. Coisa de doido não acham?
SEGUNDA: Em finais emocionantes, filmes ou novelas, as pessoas têm a tedência a chorar. Eu, não me excluo do grupo. Choro feito um garotinho de seis anos com o pirulito arrancado. Mas choro que soluço... O problema é que não choro apenas em filmes românticos, há quem possa presenciar e ficar bobo com a minha sensibilidade quando o Shrek beija a Fiona e ela se transforma em ogra mesmo. Estou falando de lágrimas mesmo viu... Pulamos esta parte.
TERCEIRA: Quando criança, somos cientes de fazermos absurdos né? Desde comer barro, até o mais auto nível de loucura. Bem, eu quando criança, além de mijar na cama(até os 10 anos) eu não gostava de escorvar os dentes. Bem, esta é uma coisa bem trivial, afinal de contas, cresci! Mas para quem quiser tirar sarro, fica a dica.. (não tirem, tentei apenas ser simpático)
QUARTA: Chocolatras. Quem não já comeu uma caixa de chocolate escondido que atire a primeira pedra. Bem, o problema é que eu comi três. Nestlé, Garoto e Lacta. Não reparti com ninguém. O cumulo do egoísmo né? O problema foi a desregulagem no intestimo horas mais tarde. Abafa o caso. kkkkkkk
QUINTA: Como minha amiga Liene disse em sua sexta coisa secreta, eu sou fera na hora de quebrar regime. Começo num dia, noutro já tivera acabado. Bom, de uns tempos para cá, vim perdendo a prática com isso. Muitos não sabem, mas já fui bem mais gordinho do que sou hoje. Já cheguei a ter 100kl fechados. Há 8 meses atrás, quando fiz 18 anos, decidi por si só que emagreceria, hoje tenho 15kl a menos. Mas confesso, tenho medo do tal Efeito Sanfona, por isso, apesar de adorar massa e comê-las, eu castigo as calorias numa corridinha pela noite após o trabalho e umas atividades fisicas. Regime mesmo? Continuo fera em quebrá-los. Não mudou em nada quando a isso.
A SEXTA e ultima: Esta alguns sabem e vai meio que mostrar o porquê de ser fera em quebrar regime e para os que desconhecem - AMO com letras maiusculas cozinhar. Não tem coisa mais barbara do que fazer um empadão de frango num domingo e comer tomando Coca-Cola. Sempre gostei de cozinhar. Mas só vim aprender de fato há uns tempos para cá. Entre tudo e todos, gosto de fazer massas e salgados (haja carboídratos né?) Mas nunca, por mais que eu tente de tantas formas, nunca consegui acertar a fazer cocada. Sempre fica farofenta. Sempre. Coisas de cozinhas que ainda não consegui aprender. rsrs

Que delícia fazer isso. Nossa, eu tive que selecionar viu gente. Mas essas aí foi as que eu achei que iria mostrar como eu fui e como eu sou. Bem relativo. Adorei mesmo a MEME. Como na brincadeira, indiquei seis pessoas. Mas deixa eu falar uma coisa, queria dizer que quem sentir vontade faça a brincadeira também. Eu enviaria para todos, mas... sinta-se a vontade para fazer também. É legal, e você busca coisas do fundo do baú. rsrs. Pode acreditar.

Liene, desde já, agradeço pelo carinho!.

inté mais!.

domingo, 16 de maio de 2010

Chuva de Graças!


"O palco estava iluminado com aqueles ministros. Os espaço em geral estava imensamente invandido pela fome da graça que estava sendo derramada lá. E a unção de Deus se estendia por sobre aquele Galpão. A benção do Pai altissimo invandiu os corações de muitos naquela noite"


Ontem, 16 de Maio, eu me senti um novo ser, uma nova criatura ungida pelo poder do Espirito Santo. Eu que me encontrava tão fechado para as coisas celestiais, para as bem-aventuranças que Deus nos concede, que estava como uma ovelha desgarrada do seu rebanho. Eu pude sentir a libertação de todas as minhas amarguras, porque muito além de tudo, Deus é misericordioso.
Há algum tempo eu havia me afastado dessa união e este 'bendito' afastamento foi abrindo portas para as coisas não sagradas, fui me sentindo meio perdido espiritualmente e eu não sabia realmente o que fazer. Pedia a Deus iluminação, pedia uma palavra de cura e sempre o qwue ele me dava eram palavras turvas e confusas (mas eu que estava turvo, eu que estava confuso. ESTAVA)
Porque após aquele derramamento do Divino sobre tantos ontem, eu fui agraciado com uma cura imensa. Com uma libertação tão grande que eu lavei todo o meu ser. Partilhei um momento muito lindo com pessoas que estavam tão ungidas quanto eu. E eu fui lá precisando de oração, precisando de intercessão, precisando ouvir palavras de outros. Mas ontem eu fui usado por Deus. Muitos vieram à mim, encostaram a cabeça em meu ombro e eu intercedi por cada um que gritava ao Senhor no mais fundo ato de ousadia e adoração. Eu, que fui lá precisando de oração, fui tocado para ser o orador, com um intercessor e eu não sabia o quão maravilhoso é além de sentir o poder de Deus sobre si mesmo, é clamar pelo irmão que está do teu lado, se lavando.
E ontem, com certeza muitas almas se lavaram, muitas feridas foram curadas, muitas tristezas acabada, frustrações apagadas, dores aliviadas.
Sempre fui para show's cristãos. Sempre gostei e sempre me agraciava com o louvor do Senhor Deus. Mas nada, (tu ainda não acredita?) é comparado com o que o Senhor fez por aquelas pessoas naquele lugar. Meus amigos blogueiros, foi benção por cima de benção. E vocês podem estar estranhando este meu post. Porque o Robério Maques costuma escrever contos, estórias, cotidiano as vezes, mas hoje 'eu', precisei partilhar neste lugar que me faz tanto bem TAMBÉM, eu precisava dar um testemunho num local que eu nunca testemunhei. Eis-me aqui!
Hoje eu passei o dia partilhando sobre o que aconteceu conosco ontem. Partilhei as obras que o senhor nos fez passar ontem, as mudanças. Mas eu não tirava o meu blog do pensamento. E tudo na vida tem um proposito, Deus tem um proposito em cada um de nós. E eu sentia no fundo do coração ele dizendo: - Filho, vai neste teu cespaço e partilha com estas tantas pessoas o que tu vivenciou ontem a noite. Porque mesmo sem tu saber, por este teu partilhar um pessoa vai se reencontrar. E agora mesmo, ao digitar esta partilha ele enviou uma palavra pra ti que está lendo agora: - "Sejais como homens que estão esperando o seu Senhor voltar da festa de casamento: tão logo ele chegae bate, e imediatamente vão abrir a porta" (Lc 12,36). Abre-se ao Senhor. Diz ao Senhor que tu quer receber ele novamente em tua vida, em tua casa, em teu coração. Clama ao Senhor e diz que quer ter de volta tudo aquilo que ele guardou pra ti. Seja como tantas ovelhinhas desgarradas ontem, que sentiram o poder do Pastor sobre elas e se prostaram por respeito, por amor. Arreganhe as portas do teu coração, mesmo que seja muito dificil - "Para Deus tudo é possível" (Mc 10,27).
E por ultimo, eu queria que tu ficasse também com esta passagem que tanto eu como tantos outros receberam ontem e que desejo partilhar também: " Fortaleçam-se no Senhor e na força do seu poder. Vistam a amardura de dEus para poderem resitir às manobras do diabo. A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celeste. Por isso, vistam a armadura de Deus para que, no dia mau, vocês possam resistir e permanecer firmes, superando todas as provas" (Ef 6, 10-13)

... após esta partilha 'virtual', pode ser que alguns tenham sentido o que foi a unção de Deus na vida de tantas pessoas e sentir-se ungido pelo poder reinado, mas também pode ser que alguns que leram, por não terem uma religião ou uma crença, não leve muito em consideração. Eu apenas digo que há o respeito sim mutuo, fraterno. Sei que alguns não conheciam esta minha parte cristã, mas o poder de Deus desceu sobre mim e disse: - Meu filho, acorda! E eu acordei viu gente... Em orações, me despeço de vocês com uma ave maria, intercedendo por todos nós. Para que possamos nos encontrar interiormente e espiritualmente consigo mesmo e com o Deus que liberta.


até mais!...