A ''BARBULETA" VOOU...

"[...] os dias passam, passam as horas, tocando temas com um piano desafinado, mais ou menos errado, mais ou menos parado, sem sentido, um pouco ignorado [...]"

Fico a me perguntar a quão longe consigo ir e se o tempo que me cabe é suficiente para realizar o que desejo. Por mais clara e óbvia que seja a situação, ainda me passo, como um instrumento desafinado, a tocar a mesma nota, distorcida, diferenciada.

Cada dia que passa, não só eu, mas todos nós nos tornamos submissos do tempo, que apesar de muito velho, se comporta como um menino levado.

"[...] estou na beira do desatino, colhendo o polén da linda flor, aquela mais alta, a mais extigante, mas não se custa a tirar o pólen, ou senão, cuidado.. Sem permissão, das mesma forma que posou, a barbuleta voou![...]"

E ele nos ensina que desperdiça-lo muitas vezes não significa nada, porque temos outro tempo, o que virá logo após o disperdiçado, e então podemos fazer aquilo que queriamos, o problema é não desperdiçá-lo demais... Menino levado esse tempo! E num é que não? Tempo, medido em horas, dias, meses ou anos; período, duração; época; circunstâncias disponíveis para realizações eteceteras e tal e tal... Muleque levado!.

Mato-me no tempo enquanto ele passa, fecho os olhos e já estou cá a matar-me novamente. O tempo é demente, mas no torna sábios e dementes tal qual ele é!

E Velhice é o que temos ao deixar o tempo nos levar sem tenatar aprender a compreendê-lo: eu pelo menos tento. Ao escrever no meu caderno de alemão, sentando em minha cama, sem computador, com "tempo" de sobra e aqui falo sobre ele.. Ao menos, eu tento compreendê-lo..

Mas "[...] te assusto com a ira da minha demência[...]", é a ira que desabrocha quando a "barbuleta" vai-se embora, quando percebemos que a barbuleta era real e a deixamos voar, por medo do tempo acabar e de espanta-la, acabamos perdendo-a... E muitos, mesmo que não entendam, ainda vão atrás de resgatá-la.. Essa é a parte melhor de tudo isso...

Eu passei três dias,tempo o bastante para trazer algo decente à vocês, amigos imaginários... Peço desculpa se as vezes não consigo superar as expectativas... \o'

inté breve..