sexta-feira, 16 de julho de 2010

Voltando, sentei-me e pus-me a escrever!

"Antes de começar eu pensava no fim;
Antes do barulho iniciar eu pensava em como cessá-lo;
Antes mesmo de me expressar eu pensava e ali ficava... [...]

No barulho do meu próprio silêncio fiz questão de me perder. E perdido, conheci lugares inabitados. Em cada lugar que passei assemelhei-me a algo ou a alguém e com cada alguém que sentei e conversei pude sentir sentimentos belos e puros e ao senti-los em mim mesmo pude, enfim, montar - mesmo que aos poucos - o meu Auto quebra#cabeças. E ao iniciá-lo, vendo o quão árduo seria o trabalho eu já pensei em quando findaria-o. E no pensamento de cessar logo com essa grande ironia que é se auto conhecer eu tive que andar umas outras tantas léguas e na longa estrada que submeti-me topei em grandes muralhas, com seus templos magníficos e e suas torres esplêndidas, que por maldade ou por ser seu dilema na terra tentavam me atrapalhar em meus meus planos. E apesar de muitas vezes conseguir com êxito a tarefa, eu não cansava e mesmo machucado eu as enfrentava de peito escangalhado.
Então criei, recriei e na diversão de meu tenro problema evolui-me e assim pude acompanhar a evolução. No entanto ela começou a correr em disparada e na 'vertical'. Segui-a e na curva da outra esquina já havia perdido de vista. Perder-me? Inevitável. Achar-me novamente? Incansável. Outros tantos lugares conheci; outros tantos sentimentos ao qual me apaixonei encontrei, outras tantas pessoas - peças importantíssima do meu joguinho de montar - consegui traze-las pra mim e grandes muralhas consegui sabotá-las, pulando-as e despistando-as passei sei que nem notassem minha presença. Mas eu estava lá, sorrindo, dando o melhor de mim. Enfim, ao silêncio, inotável, imperceptível, cauteloso, manso. Porém o play parou e indicou que seria necessário uma nova energia. Parei, tirei o estéreo do ouvido e com o indicador no zero, dispus-me a colocar minha própria alma à se recarregar...

"Joguei as malas no chão,
Cansado da viagem tirei a roupa e joguei-me na água fria,
Recuperado, lavado, trucido,
Reapareci, de mansinho, pronto para criar novos caminhos.!"




(Ao abri-la, ao desempacotá-la, ao esvaziá-la, trouxe comigo, lembra daqueles tantos sentimentos que encontrei ao longo do caminho? Passarinhos, que voam, apenas voam, mesmo sabendo que eles tem um determinado destino. Guardei-os no meu coração e aos poucos vou repartindo contigo tudo o que, em meu recesso, aprendi de mim mesmo!.)


Estava com muitas saudades daqui, de todos os meus amigos imaginários.
'Acho' que retornei. rsrs. Já tenho texto novo, uma reedição. Posto brevemente.
Forte abraço pra Déia, que mesmo sem saber, foi quem me deu um passaporte para a minha longa viagem...

inté mais.

10 comentários:

  1. 'Perder-me? Inevitável. Achar-me novamente? Incansável.'
    Muito lindo e muito bem escrito o texto todo, parabéns!

    Beijoos,
    Teca Eickmann

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  2. o poeta,por mais que se esconda sempre tem no fim a resposta para o inicio.
    sandrio rcc brasil.

    gostaria de ter contato contigo. msn, facebook etc

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  3. Agradeço pelo carinho Teca e Sandro. Sintam-se em casa. O Palavras do Sol é todo nosso.
    E para contato Sandro segue com o meu e-mail e msn ok?
    marques_sr@hotmail.com (msn e e-mail).
    roberiomarques(apenas para e-mail).
    abraços.

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  4. Robério! Que construcão diferente do seu texto! As imagens foram tomando corpo em minha imaginação, mas, ao final, a ideia de tirar os fones de ouvido e colocar-se para recarregar foi absolutamente fantástica! Vibrei! Quanto aos passaportes, são nossos, e vamos os preenchendo com os carimbos dos lugares que desejarmos visitar. O Rumo é um lugar que sempre lhe espera com a fronteira livre! E visto ilimitado! rsrs
    Adoro sua cadência, menino! E, a refrescância que só um jovem consegue salpicar em um texto tão bem escrito!
    Sua amiga "imaginária", Deia.

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  5. Robério, meu lindo: Pode se perder à vontade. Na sua idade sempre "se" achará de novo. rsrsrs
    Oimportante é ousar, experimentar o novo o diferente mesmo com inseguranças, medos, assutador, porque após algum tempo o aprendizado nos mostra que não precisava de tantos... Sempre há o reencontro com o "eu" onde o redescobrir-se é muito encantador! então boralá, siga em frente em perder-se, achar-se, reencontrar-se, por que não?!
    com amor e carinho,
    Sílvia
    PS.: Há novas Postagens minhas no meu Blog. Sinta-se bem vindo!
    http://www.silviacostardi.com/

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  6. Sempre vale a pena dar uma passada por aqui.

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  7. O Amor nunca deverá ser responsabilizado por dores,perdas ou danos e tem amplos poderes para neutralizar todas as batalhas, sejam elas emocionais, familiares ou sociais...FELIZ DIA DO AMIGO,
    BOAS ENERGIAS!
    Beijos,
    Mari Amorim
    Brincando Com a Rima

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  8. Rob...

    Quando as palavras nos soam como verdadeiras fontes cristalinas, sentimos certamente a necessidade de absorvê-las por inteiro.
    Diferente, porém sensato.
    Confuso, porém compreensivel.
    Nada além das boas doses de autoconhecimento para forjar com leveza o signficado de si mesmo.
    Afinal, descobrir-se é fantástico.
    E nada melhor que saber externizar essa "mudança natural do eu mesmo", em frases contextuais que levem ao demais simpatizantes dos seus textos, a se auto avaliarem também.

    Parabéns Rob, por tudo que postas com dedicação, carinho, afinco e certamente, com muitas partículas de amor e carinho.

    Betinho do Bem

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  9. Bom dia amigo,

    Passando pra te desejar um excelente dia.

    Tudo de bom pra ti.

    Um abraço
    Deus esteja contigo

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  10. Já pode voltar a postar viu, Robério!! sinto falta de vc aqui no blog!

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